terça-feira, 27 de julho de 2010

Promessa

Eu te prometi a verdade.
Talvez tenha demorado alguns dias.
Então perdoe a falta de agilidade,
Mas aqui vão algumas rimas.

Não existe a solidão,
Enquanto houver o atrito,
Do bater de um coração.

Mas então por que me sinto só?
Se o que vale é um simples bater.
E todo o sentimento virou pó?
Talvez eu que não saiba viver.

Procurei em todas as maneiras,
Alguma forma de lhe dizer.
No entanto, só besteiras.

Sei que nunca estive indeciso.
E que eu tenho coisas a lhe falar,
Mas a coragem que preciso,
Parece nesse momento falhar.

Cansei, a mim não mais engano.
Não encontrei outra maneira,
Então, será eu te amo.

Rafael Neto

sábado, 24 de julho de 2010

Daniela

Sei que é difícil aceitar
E de compreender.
Sei que nos fez chorar
Ter que te perder.

Estranho este sistema
Que em apenas um segundo
Te levou desse mundo
Sem querer causar problema.

Mas trouxe a tristeza
A uma imensidão,
Que permanece com a incerteza
E um enorme aperto no coração.

Resta-nos a lembrança
De um sorriso e alegria
Da eterna criança.

A saudade que não cessa,
A luz que para ti se apagou.
E que você vá sem pressa,
Ao mundo que te agarrou.

Ouço as lamentações,
As recordações,
As preocupações,
As reclamações.

Sei que é difícil aceitar
E de compreender.
Sei que nos fez chorar
Ter que te perder.

Mas é o que ocorre
Quando não está preparado,
Quando alguém morre,
E nunca mais estará do seu lado.

As cores compõe a aquerela,
Completam a alegria e a felicidade,
Junto com a harmonia e a espontaneidade
Da eterna Daniela.

Rafael Neto

terça-feira, 13 de julho de 2010

Grito

Um grito de liberdade.
Pelo ousadia de alguém,
Na luta pela verdade,
Por si só e mais ninguém.

Um grito de desabafo.
Contra os preconceitos
E toda esta burocracia,
Que fazem de nós simples prisioneiros.

Um grito pela liberdade.
Para as crenças pessoais.
E toda a nossa vaidade
E beleza, que são essenciais.

Um grito desesperado.
Contra a violência.
Que separa pessoas
Sem nenhuma clemência.

Um grito de felicidade.
Por viver e poder amar,
E com toda a sinceridade
Poder, também, perdoar.

Um grito,
É tudo que preciso.
Para me expressar,
Desabafar e lutar contra o que discordo.

Um grito,
É extremamente maleável,
E chamativo.
Eu grito.

Rafael Neto

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ninguém

O que represento,

Nem mesmo eu sei,

Mas sei que permaneço atento

E assim encontrarei.

Buscar as respostas

Para as perguntas que surgem

Sobre o ninguém

Sobre o alguém.

O que sou,

O que faço,

O que procuro,

O que represento.

Nem mesmo eu sei,

Mas permaneço atento

E assim encontrarei.

A mim eu prometo,

Que o que sou,

Jamais mudará,

Mas por enquanto

Me chame de Ninguém.

Rafael Neto

domingo, 4 de julho de 2010

Confuso

Não sei o que quero,
Muito menos o que procuro.
Sei que tudo que penso e faço,
Gira em torno de você.
Me sinto inútil não estando ao seu lado,
Um fracasso é o que sinto que sou.
Me sinto confuso e totalmente pertubado,
Você se foi e não me avisou.
Me sinto incapaz até mesmo de pensar,
Pois agir sei que não tenho mais forças.
Pareço um covarde por me entregar,
Mas que culpa eu tenho.
Nada importa.
A minha irreverência a vida,
É cada vez maior.
Me entrego ao sofrimento de te ver partir,
E se entregar aos braços de um outro rapaz.
Me resta então desistir,
Mas como fazê-lo,
A única coisa que aprendi foi te amar.
E ainda procuro as respostas,
Para as lágrimas que escorrem do meu rosto.
Posso até parecer um covarde por me entregar,
Mas que culpa eu tenho,
Se a única coisa que aprendi,
Foi te amar.

Rafael Neto